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Bullying - Compreender melhor este tipo de comportamento e estar atento é fundamental

Saiba um pouco sobre o assunto e confira nossas fotos sobre mais uma roda de conversa, dessa vez, sobre o Bullying, na escola João Valle!

O que é Bullying

O bullying é um tipo de comportamento agressivo caraterizado por atos voluntários, repetidos ao longo do tempo, praticado por um indivíduo ou grupo (agressor/bullie), numa relação de desequilíbrio de poder (em que a vítima é o alvo) e sem motivação evidente.

Tipos de bullying

A violência pode ser direta, de forma física ou de forma verbal, através de insultos ou comentários depreciativos contra a pessoa e/ou família. Existem também formas indiretas de bullying, de abuso psicológico, que podem levar ao isolamento social, através de difamação e da humilhação.

Uma forma mais discutida recentemente está relacionada com o ciberbullying, em que através da Internet (utilizando-se chats, blogues e/ou trocas de emails) e/ou por telemóvel se enviam conteúdos potencialmente agressivos e/ou ameaçadores.

Na escola: a vítima de bullying

Os contextos onde pode ocorrer bullying são, mais frequentemente, as escolas, mas o bullying também surge no trabalho, na interação com vizinhos, em contexto militar ou até mesmo político.

Em situações críticas, nomeadamente em contexto escolar, existem alguns fatores que poderão aumentar a probabilidade de uma criança/jovem ser vítima de bullying. Entre estes fatores poderemos salientar um frágil autoconceito, baixa autoestima e autoconfiança, tendência para o isolamento social e/ou timidez excessiva e uma maior resignação face à ausência de competências sociais. As crianças/jovens com alguma característica diferente das restantes, bem como níveis elevados de ansiedade, medos ou fobias várias, constituem também fatores relevantes.

Consequências do bullying

As vítimas de bullying podem vir a sofrer de problemas psicológicos a longo prazo, nomeadamente uma baixa autoestima, depressão, automutilação e, em casos extremos, o bullying poderá conduzir a criança/jovem a cometer suicídio.

São frequentes os problemas de relacionamento e de competências sociais, podendo desenvolver-se comportamentos de adição, como o abuso de drogas e de álcool. Pela ansiedade gerada, a crianças somatizam, podendo apresentar vários sintomas físicos, principalmente a nível alimentar e do sono.

O agressor

Por outro lado, existem também caraterísticas que aumentam a probabilidade dos sujeitos se tornarem agressores/bullies, como o fato de manifestarem pouca empatia e/ou incapacidade de se colocarem no lugar do outro e/ou terem uma personalidade tendencialmente mais autoritária e com forte necessidade de controlar. Diversas investigações salientaram que crianças/jovens agressivos têm grande probabilidade de, a longo prazo, se tornarem adultos com comportamentos antissociais e/ou violentos.

Como atuar?

Em termos de intervenção em contexto escolar, a abordagem mais promissora e com possibilidade de obter melhores resultados a longo prazo e com melhor resultado é uma intervenção de carácter integrativo e compreensivo, onde devem estar envolvidos a(s) vítima(s); o (s) agressor(es); pais/figuras parentais; educadores/professores. Neste âmbito, devemos trabalhar numa perspectiva não só de intervenção como também, e fundamentalmente, de prevenção.

Fonte: banco da saúde

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